terça-feira, 17 de junho de 2008

Balanço de um mandato

Caros colegas e amigos,

No final do próximo mês de Abril, terão passado dois anos desde que tomámos posse como Corpos Sociais da AMPIF.
Estávamos longe de imaginar o que seriam estes dois anos!
Concordarão comigo que os desafios colocados aos médicos da Indústria Farmacêutica atingiram uma dimensão nunca vista. As Companhias Farmacêuticas foram confrontadas com um difícil dia a dia, os colegas que fomos encontrando iam desabafando que nunca tinham tido tanta dificuldade em implementar projectos e em serem “compreendidos” nas suas lutas pela Medicina Farmacêutica.
Também nos actuais Corpos Sociais, a mudança de “cadeiras” atingiu uma dimensão nunca vista; seis mudanças de Companhia nos últimos dois anos!
Apresentámos um projecto ambicioso que não conseguimos cumprir na sua totalidade. Mas, aqui, deixamos um balanço para que mais facilmente possam avaliar o nosso trabalho neste mandato. O que sempre nos moveu foi a vontade de servir a Medicina Farmacêutica e contribuir para o crescimento da AMPIF e da Investigação em Portugal.

Prometemos reforçar “a senda de um trabalho já iniciado e que agora se procurava diversificar, actualizar e aprofundar”
Éramos uma equipa mesclada de experiência e juventude. “Decidimos ser uma equipa plural para melhor representarmos os nossos associados; apenas um elemento por Companhia Farmacêutica e forte presença de Companhias Nacionais e Internacionais. Decidimos ainda ser abrangentes nos vários papéis que um médico pode desempenhar na Indústria Farmacêutica (departamento médico, departamento de marketing, unidade de negócio e direcção geral).”
Dissemos, “No mandato que agora está a terminar, já foi possível granjear para a AMPIF uma visibilidade que nunca tivera. Num passado não muito distante, tínhamos tentado, com um êxito muito relativo, participar na transposição da Directiva Europeia de Ensaios Clínicos; conseguimos recentemente passar a ser envolvidos regularmente em reuniões com o INFARMED e a CEIC. Pretendemos ampliar significativamente esta nossa participação nas decisões que envolvam o doente e o medicamento. Para tal comprometemo-nos a reforçar os mecanismos necessários para uma maior aproximação aos profissionais de saúde em geral (principalmente os nossos colegas em actividades assistenciais, docentes e de investigação), à Ordem dos Médicos (a casa de todos nós médicos e sede da Competência), às Autoridades Reguladoras (Ministério da Saúde, Secretaria de Estado, INFARMED, CEIC, Direcção Geral de Saúde e ARS), às Associações de Doentes e a outras Associações Profissionais (APIFARMA, APREFAR, MARKINFAR).”
Nos últimos dois anos, os contactos tornaram-se uma constante. Sucessivamente passámos a dialogar regularmente com o INFARMED e com a CEIC. Na tentativa de ultrapassarmos barreiras à Investigação, estivemos na Comissão Parlamentar de Saúde, na Direcção Geral de Saúde e na Secretaria de Estado.
Encontrámos, sempre, nos associados da AMPIF, um apoio constante e um conjunto de sugestões que foram muito úteis para o desenrolar das diversas reuniões. Escalámos a montanha mas não tivemos tempo para terminar este projecto. As portas estão abertas para a equipa que conduzir a AMPIF nos próximos anos!
Os contactos com a Academia ficaram aquém das nossas expectativas! Apesar de termos apoiado e patrocinado a esmagadora maioria dos eventos realizados com a Indústria Farmacêutica, pretendíamos chegar mais perto dos estudantes e dar-lhes a conhecer a AMPIF. Pretendíamos também retomar os “Cursos de Formação Profissional”. É seguramente uma área que terá que ser mais desenvolvida num futuro próximo.
Prometemos promover “fóruns de reflexão, análise e discussão sobre áreas muito importantes como a Ética, a Farmacovigilância e os Ensaios Clínicos”, sem “esquecer áreas novas que foram muito debatidas na última Reunião Nacional (Boas Práticas Promocionais, Estudos Observacionais, Estudos da Iniciativa do Investigador).” Neste ponto, a actividade da AMPIF foi muito rica, tendo-nos desdobrado constantemente entre as Práticas Promocionais e os Estudos Observacionais, áreas para as quais chamámos constantemente a atenção através de artigos de opinião na Imprensa Médica e na Imprensa Leiga, na Rádio e na Televisão.
Prometemos, e penso termos conseguido, “colocar o Médico da Indústria Farmacêutica como garante de uma “nova atitude” que permita trazer de novo a imagem de credibilidade junto da opinião pública.”
Dissemos, “Nos estudos observacionais, a meta é obtermos em Portugal uma regulamentação adequada; a AMPIF deverá ser, nessa “elaboração” um parceiro fundamental.” Numa recente reunião com o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Pizarro, delineámos estratégias já muito claras para esta legislação. Sentimos que a reunião decorreu acima das nossas melhores expectativas e esta área tem também as portas totalmente abertas para um futuro muito, muito próximo!
Não realizámos, como prometêramos, a VIII Reunião Nacional!
Confrontados no segundo semestre de 2007 com a Presidência Portuguesa da União Europeia, cedo percebemos que o forçar de mais uma reunião, para além de difícil, nunca atingiria a participação e o brilho de edições anteriores. Decidimos em reunião dos Corpos Sociais, adiar por um ano essa Reunião, de modo a coincidir com o meio dos mandatos e não com o final, como tem sucedido, com evidentes dificuldades de articulação com a preparação de novos mandatos.
Como há dois anos, dizemos agora, “Qualquer associação ou estrutura organizativa só poderá encarar com ambição os desafios do futuro, posicionando-se como parceiro credível e imprescindível na sociedade onde se encontra inserida, quando conseguir uma interacção contínua com todos os seus associados, num espírito de reforço de realidades intrínsecas e variadas.” Não foi, no entanto, possível realizar as prometidas “visitas de trabalho”. Continuamos a acreditar que deverão ser uma realidade em breve.
Em jeito de conclusão que não de fechar de portas, conseguimos dar passos importantes no sentido de aumentar a importância da AMPIF no contexto da Indústria Farmacêutica e da Sociedade em geral; outros passos certamente ficaram por dar, mas estamos certos que o caminho se encontra já traçado para os vindouros...
Até sempre, um abraço dos colegas

Isabel Boaventura, Carlos Diogo, Isabel Duarte, Acílio Gala, João Paulo Guimarães, António Jordão, Luís Laranjeira, Rui Marques, Filipe Ribeiro, Flora Rodrigues, Leonor Sequeira, Pedro Serralheiro

Sem comentários: